Nos tempos que já lá vão O Goulinho dava nas vistas Sapateiros, Carpinteiros Alfaiate e Ferreiro Eram todos bons artistas Relojoeiro e Maleiro Eram homens cá da serra Com sua arte e saber Davam fama ao meu Goulinho Engrandeciam a terra Eram homens de trabalho Com muitos calos na mão Conhecidos em toda a serra Amavam o meu Goulinho Tinham-no no coração O meu Goulinho é grande Nasceu cá grande pintor Foi professor no Brasil Ensinou a sua arte Até lhe chamavam doutor O Goulinho hoje é rico Deu ao País professores Uma geração de saberes Hoje tem engenheiros E também alguns Doutores O Goulinho não morreu Cresceu foi culturalmente Sabe honrar o seu passado A pensar no seu futuro Vivendo hoje o presente. António Assunção